Eliana Aparecida Conquista
CRP/SP 42.479
Psicóloga e CEO da Conquistah Consultoria Psicológica
Vamos iniciar o nosso artigo com a definição da palavra do Dicionário Aurélio de
Português que é:
“A palavra Ansiedade tem várias definições nos dicionários não técnicos:
Desconforto físico e psíquico; agonia, aflição, angústia. Desejo intenso e
impetuoso; impaciência, sofreguidão, avidez. Ausência de tranquilidade; medo,
receio. Condição emocional de sofrimento definida pela expectativa de que algo
inesperado e perigoso aconteça, diante da qual o indivíduo se acha indefeso.
Etimologia (origem da palavra ansiedade). Do latim anxietas.atis.”
Temos dados importantíssimos da e do Brasil, muito importantes, que são:
Dados da Organização Mundial da Saúde – (OMS) nos informam que
a ansiedade é um problema cada vez mais comum na sociedade. O Relatório
Mundial de Saúde Mental de 2022, revelou que, aproximadamente, 1 bilhão de
pessoas vivem com algum transtorno mental no mundo, sendo 31% com
ansiedade.
No Brasil, cerca de 18 milhões de pessoas são afetadas por essa doença, com
prevalência para o sexo feminino.
A ansiedade, para a Psicologia, é uma resposta natural do corpo em relação a como
vamos lidar com determinadas situações, que em geral, a pessoa considera de
perigo. É um tipo de expectativa em relação ao que está por vir.
Todos nós já vivenciamos a ansiedade em algum momento da nossa vida, como
por exemplo: falando em público, antes de uma viagem ou em entrevistas de emprego. Até certo ponto, ela é positiva, já que nos leva a organização prévia e nos
impulsiona a ação.
Porém, ela se torna um problema, quando os sintomas são intensos e prejudicam
a qualidade de vida da pessoa.
Será que você já sentiu esses sintomas?
Sintomas Emocionais:
Angústia
Irritabilidade
Maus pressentimentos
Insônia
Apetite desregulado
Inquietação constante
Pensamentos catastróficos
Falta de controle emocional
Sintomas Físicos:
Taquicardia
Sudorese
Falta de ar
Boca seca
Formigamento
Náusea
Tremores
Tontura
Urgência para ir ao banheiro
Três ou mais sintomas destes, dentre os físicos e os emocionais, é preciso ficar
atento, pois podemos estar frente ao Transtorno de Ansiedade.
As sensações emocionais e físicas engatilhadas pela ansiedade distribuem doses
hormonais (adrenalina e cortisol) que o próprio corpo fabrica. Porém, o
desequilíbrio dessas sensações ocasiona várias manifestações psicossomáticas
que aumentam a ansiedade, podendo levar ao transtorno, impedindo as pessoas
de serem assertivas.
Alguns pacientes chegam em consultório dizendo que estão com muita ansiedade
e que não sabem o que fazer com isso. Outros, simplesmente, chegam dizendo que
não sabem o que têm.
Enfim, pode ser o momento que está vivendo ou uma característica de sua
personalidade.
Qual a diferença entre ansiedade normal e ansiedade patológica?
A ansiedade normal é uma reação do ser humano diante de situações simples do
dia a dia, como, por exemplo, às vésperas de uma reunião importante no trabalho
ou antes de uma prova na escola, sem trazer grandes prejuízos para a saúde
psíquica da pessoa.
Já a ansiedade patológica é tratada como um transtorno, caracterizada por um
estado de desordem mental que, consequentemente, prejudica aspectos da vida
do indivíduo.
A pessoa que sofre desse distúrbio não consegue ou tem muita dificuldade em
realizar tarefas simples do cotidiano, pois está em constante estado de alerta,
sentindo como se algo ruim estivesse prestes a ocorrer, mesmo que na maioria das
vezes não haja um motivo aparente.
Um jeito de distinguir a ansiedade normal da patológica é averiguar o tempo da
resposta ansiosa, isto é, se está associada a algo que está acontecendo no
momento ou se não há garantia de que vai acontecer; se é de curta duração ou se
traz prejuízos para a sua vida. Se for dessa forma, a ansiedade impede atividades
como trabalhar, estudar, se relacionar com outras pessoas, viajar, entre outras,
podendo ser considerada patológica e necessitar de tratamento.
QUAIS SÃO OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE?
Transtorno de Ansiedade Generalizada e Persistente: Pelo Código
Internacional de Doenças (CID) esse transtorno é identificado pelo CID 10 F41.1 –
Para se caracterizar este transtorno é necessário que a ansiedade ocorra durante
um longo período, sendo, no mínimo, 6 meses. O nível de ansiedade é
desproporcional em relação aos fatores geradores ou independe destes.
Pode ou não surgir após uma experiência traumática que causou grande impacto
na vida do indivíduo. Seja após um acidente ou um assalto, por exemplo, esse
transtorno de ansiedade se caracteriza por alterações no comportamento, que
surgem quando a pessoa está diante ou em circunstâncias parecidas àquele
evento. Alterações no sono, agitação e pensamentos obsessivos são alguns dos sintomas que podem prejudicar a qualidade de vida. É comum a pessoa evitar falar
sobre o assunto por ser, na maioria das vezes, muito doloroso.
Síndrome do Pânico – CID F41.0 – Um ataque de ansiedade grave (Ataque
de Pânico) que acontece de forma frequente e imprevisível, independente de uma
situação geradora, caracteriza de forma fundamental o Transtorno de Pânico. A
pessoa sente, muitas vezes, sem razão ou motivo real, falta de ar, pressão alta,
calor, tonturas, vômito, sensação de morte. Como não depende de um gatilho
específico, a imprevisibilidade dos ataques leva ao medo constante de tê-los. É o
medo do medo, a ansiedade intensa e antecipatória levando ao impedimento de
fazer qualquer coisa.
Em alguns casos, é conhecida como agorafobia, relacionada ao medo instantâneo
de certas situações, como sair de casa, falar em público ou desempenhar uma
função.
Fobia Social – CID 10 F 40.1 - Medo de ser exposto à observação atenta de
outrem e que leva a evitar situações sociais. As mais graves, habitualmente se
acompanham de uma perda de autoestima e de medo de ser criticado. Possíveis
sintomas: rubor, tremor das mãos, náuseas ou desejo urgente de urinar, ligados a
exposições socias.
Fobias Específicas - que podem acontecer mediante exposição a animais,
estados climáticos, ambientes fechados, procedimentos médicos como cirurgias,
dentistas, altura, falta de luz etc.
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) – CID 10 F42.0 - Transtorno
com predominância de ideias obsessivas. É um distúrbio caracterizado pela
presença de pensamentos obsessivos e excessivos, que levam a pessoa a
comportamentos compulsivos e repetitivos. A pessoa não controla a repetição de
determinados comportamentos.
Como exemplo, uma pessoa com medo de germes, que leva à compulsão por
limpeza, lavando as mãos repetidamente; a organização excessiva de gavetas e
armários; a verificação, inúmeras vezes, se o gás está desligado ou a porta principal
trancada, dentre outras ritualizações.
Caso tudo não esteja conforme sua expectativa, o indivíduo tende a se sentir
perturbado, gerando a ansiedade.
Transtorno de Estresse Pós-Traumático – CID 10 F43.1 - Condição
provocada por evento de natureza ameaçadora ou catastrófica, conhecida
também como Neurose Traumática.
Como exemplo, temos pessoas que são assaltadas, sofreram um acidente
grave, violência sexual etc. Podemos citar, inclusive, as enchentes que
aconteceram no Rio Grande do Sul, em que as pessoas perderam tudo, inclusive
parentes e amigos.
Quem possui esse tipo de ansiedade tem muita dificuldade para dormir, tem
pesadelos, sente-se inseguro e inquieto. Relembra e revive o fato ocorrido em
imagens mentais (flashbacks), que vêm por gatilhos nem sempre efetivamente
ligados ao fato. Essa pessoa permanece em estado contínuo de alerta.
TRATAMENTOS MÉDICO E PSICOLÓGICO
Procurar um Médico Psiquiatra
Psicólogo
PREVENÇÃO
Exercícios físicos diários
Alimentação balanceada, evitando açúcar e processados
Bastante hidratação, evitando cafeína
Boa qualidade do sono
Controle da jornada de trabalho
Psicoterapia
Técnicas de relaxamento/ meditação/mindfulness
Religiosidade
Caso, ao acabar de ler esse artigo, sinta-se identificado(a) com as informações aqui
fornecidas, busque um Psiquiatra e nós da Conquistah Consultoria Psicológica
podemos oferecer o tratamento psicoterápico que se faz indispensável para lidar
com esses sintomas.
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