Mãe – Símbolo de Amor!
- Gabriella Sperati
- há 13 minutos
- 4 min de leitura
Maria do Carmo Tirado
CRP/SP 42494

Vamos, nesse mês tão especial, falar das mães e de toda a simbologia que elas trazem.
Pesquisas demonstram que, desde as primeiras transformações gravídicas, a criança no ventre passa a sentir alguns sinais, em especial a partir da vigésima quinta idade gestacional.
Porém, muito antes, as mulheres referem sentimentos, desejos e interrelações que só elas mesmas podem exprimir.
Sem dúvida, a fase mais importante na vida de uma mulher é a gravidez — mesmo naqueles casos em que não foi programada. Mas quase sempre, mesmo sem planejamento prévio, surge uma emoção renovadora, que causa ambivalência nesses sentimentos.
Contudo, há uma sensação maior que se sobrepõe aos problemas, aos medos, aos eventuais enfrentamentos que possivelmente surgirão.
A mulher, tornando-se mãe, fica mais madura, mais resiliente e mais empreendedora. Empreendedora sim! Talvez o maior empreendimento da vida de uma mulher seja dar à luz a um bebê e, junto ao pai (ou quem o substitua), torná-lo um ser humano especial e querido.
Muito além dos cuidados básicos, há um comprometimento em criá-lo não só para se tornar um bom profissional, mas sobretudo para a formação enquanto ser humano — com defeitos e qualidades — mas com consciência limpa e mente voltada ao bem.
No nascimento de uma mãe, nasce uma nova perspectiva de vida. Assim como em outras fases da vida, como o casamento, a menopausa etc., há sempre mudanças consideráveis. Contudo, a maternidade é, sem sombra de dúvida, a mais pungente e transformadora.
A questão é que nem sempre é como se escreve em verso e prosa: só alegria e felicidade. Na prática, é uma tarefa sem receita pronta, com muitas opiniões (algumas desastrosas) e consequências que podem comprometer a vida daquele pequeno ser para sempre.
“Seu leite é fraco!”“Você mima demais seu filho!”
E tantas outras falas que poderão minar a relação materno-filial, crucial para a formação daquele bebê que um dia será um adolescente, um adulto e um idoso.
Nesse ponto, a presença de um pai, ou quem o substitua, auxilia muito nesse processo, dando condições àquela mãe para que consiga viver tudo isso de maneira serena. Sem contar a importância dos papéis de homem e mulher na vida de todos nós, que nos influenciarão nas nossas escolhas futuras.
Quando uma mãe gesta, ela dá a oportunidade para que alguém possa fazer diferença no mundo — mas nem todas as mulheres entendem isso. Quantas vezes essa criança vem num momento de desemprego, falta de apoio externo, abandono do pai, além das características da personalidade da própria grávida, que rejeita a ideia de ter um bebê, por "n" fatores. Fatores que devem ser trabalhados através de psicoterapia breve, focal e de apoio.
Um vilão na gestação é a perspectiva da depressão pós-parto, cujo acometimento é muito alto, além de casos de psicose puerperal, que felizmente ocorrem em menor número.
Contudo, a identificação rápida dos sintomas pode inclusive impedir o uso medicamentoso, que, em situações graves, é absolutamente fundamental.
E se ela não puder gestar, por algum fator impeditivo?
Seja qual for o motivo, ainda há boas perspectivas através de adoções — de preferência feitas judicialmente e de acordo com a lei vigente — desde que o casal trabalhe sua ansiedade, pois as filas de adoção são longas e quem adota precisa ser devidamente orientado.
E às pessoas que nunca geraram, nunca adotaram, mas que cuidam de sobrinhos e netos?
Muitas dão o suporte necessário nesse papel, suprindo a ausência de terceiros.E ainda homens que, por questões da vida, precisaram assumir o papel duplo de pais. Tarefa delicada, mas hoje mais comum e aceita pela sociedade, com excelentes resultados.
Vemos ainda quem não opte por ter filhos — ora por questões monetárias, ora por medo, ou porque acham o mundo muito violento, entre outros motivos. Isso tem que ser respeitado. A sociedade mudou e alguns conceitos também se modificaram.
Mas para quem ainda sonha com a gestação e, por questões fisiológicas e/ou emocionais, tem essa vontade, mas não consegue gestar, ou tem abortos de repetição, sugiro que busque bons profissionais que orientarão o casal, e uma terapia especializada em obstetrícia, que chamamos de pré-natal psicológico. Essas condições serão um facilitador para todo esse processo.
Lembremo-nos: se nossas mães não tivessem ousado em engravidar, nós não existiríamos.
E agora vou citar a uma Mãe Maior: Maria. Ela recebeu em seus braços Jesus com a simplicidade de uma manjedoura, sem preparo de parto, sem experiência prévia de gestações, e nem por isso deixou de cravar na história uma marca de afeto, resiliência e submissão.
Mesmo depois que Jesus morreu, continuou seu legado sendo mãe de desvalidos, leprosos, infortunados — nos dando um exemplo de que ser mãe não é só gerar e pronto. É poder usar esses atributos com seus filhos, com os filhos dos outros, com quem quer que seja.
Portanto, há muitas mães na história que deixam suas pegadas de amor. E pasmem: muitas sequer geraram.
O mundo nunca precisou tanto desse afago!
Saudemos agora às mães vivas (ou não), que de algum modo nos passaram e passam muitos de seus ensinamentos, deixando cravado em nossas mentes e corações mensagens para que possamos nos representar no mundo.
Que essas mensagens possam ser as melhores possíveis!
Saibam: nossos filhos, assim como nós, não somos perfeitos. Mas, se ao menos tivermos o bom senso de fazer o melhor que pudermos, mesmo com eventuais falhas, já estaremos cumprindo essa missão tão digna e especial.
Pense nisso…A decisão é nossa. Só nossa!
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