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COMO ESTÁ SENDO O APRENDIZADO NESTA PANDEMIA?


Por Maria do Carmo Braga do Amaral Tirado Em face a 2 anos de pandemia, muitas coisas se modificaram. Embora as estimativas apontassem para que nessa época estivéssemos mais seguros, não é bem assim que temos visto.


Boa parte da população está, felizmente, vacinada. Porém, houve uma certa “ilusão” de que poderíamos sair mais livremente, viajar e “aglomerar”, sem grandes consequências, mas, de repente, surge a disseminação da cepa Ômicron, afetando famílias e famílias, embora com menor incidência de mortes e com sintomas mais leves.


Paralelamente, surge uma variante da gripe Influenza, H3N2, por ora sem cobertura vacinal, acarretando sintomas bem desagradáveis e, em alguns casos, pessoas acometidas por ambos os vírus – manifestação que recebeu o apelido de “Fluona”.


Muitos de nós estão se perguntando: o que tudo isso significa? Alguns fingem que nada existe, como num pensamento mágico. Saem às ruas sem máscaras, não usam adequadamente o álcool gel e, pior ainda, há os que insistem em não ser vacinados, sob alegações de “efeitos colaterais mirabolantes” e outras influências.


Cada um tem direito de agir conforme suas crenças pessoais; porém existe um pressuposto jurídico, que nos fala – seu direito acaba, quando o meu começa – ou seja, quando falamos de saúde pública, não podemos simplesmente nos mover como se fossemos uma ilha, na qual, de forma egocêntrica, só vemos a nós próprios.


Talvez essa pandemia e todas as suas consequências estejam aí, justamente para nos mostrar que nosso personalismo e apelo material exacerbado já estão no limite. Isso justificaria a exacerbação de quadros mentais nesses últimos meses, fator desencadeante de desequilíbrios e mais desequilíbrios. Sem contar o número ascendente e desordenado de células, causando os mais diversos tipos de câncer, além de acidentes vasculares cerebrais, hipertensão etc.


Quantos aprendizados, quantas vivências nessa fase! Há aqueles que só reclamam e, com isso, pioram a atmosfera do mundo; há aqueles que buscam encontrar saídas, negando o quadro (o que não é bom); mas, felizmente, há muitos que estão, de fato, aprendendo com essas atuais experiências e se lapidando. Tenho visto pessoas se reinventando a cada dia. Mesmo nós, enquanto profissionais da saúde – psicólogos – jamais imaginávamos o quanto poderíamos ser úteis através do atendimento on-line, atingindo um número maior de indivíduos que necessitam de apoio psicológico, nos mais variados locais.


De repente, tivemos que buscar aprendizado tecnológico que viabilizou realizarmos palestras educativas, minicursos e outros, sem deixar de lado a qualidade no trabalho realizado, com uma abrangência muito maior de acessibilidade. Montamos projetos voltados a várias áreas de atuação, com ferramentas simples e eficazes.


Cada qual, dentro de seu ramo de atividade, vem buscando formas de enfrentamento. Conheço muitas pessoas que perderam seus empregos por conta de revezes da economia, mas que estão laborando das mais diversas maneiras. Nunca se ouviu falar tanto de aplicativos de transporte, delivery de todos os tipos e gostos, trabalhos domésticos desde confecção de marmitex até artesãos exercendo seu ofício em oficina própria e assim adiante. O brasileiro, culturalmente, é considerado um povo resiliente e criativo. Um povo que não desiste. Felizmente, isso só aumentou nessa fase pandêmica.


Na atualidade, a geração de emprego vem discretamente crescendo, mas o número de desempregados ainda é grande e há um novo olhar para aqueles que permanecem em home office.




Alguns estão trabalhando em mais de uma vertente, sem que necessitassem disso anteriormente, para minimizar os impactos econômicos gritantes do início da pandemia, onde os estabelecimentos se mantiveram fechados. Fora outras implicações.


Não incomum, indivíduos que estão buscando estratégias, para sair do “vermelho”. Só como exemplo: professores dando aulas particulares, além da própria escola que trabalham; busca por “bicos” em finais de semana; procura por cursos para aprimoramento de suas capacidades; jovens cada vez mais, almejando vagas como Menor e Jovem aprendiz; algumas pessoas mudando de atividade profissional, na tentativa de mais ganhos e correndo atrás de maior valorização.


Em paralelo a esse cenário, vemos muitos voluntários se mobilizando em ajudar o próximo. Não que isso já não existisse. Mas agora, parece que, finalmente, os indivíduos estão mais conscientes dessa necessidade. Doar-se um pouco, não só auxilia outro, mas também e, especialmente, a si próprio é uma maneira de deixar de lado o egocentrismo e entender que as pessoas que se entreajudam fraternalmente são, com certeza, mais felizes e mais amorosas. Oportunidades existem a cada esquina… basta olhar ao redor.


Vai de cada um, buscar novos empreendimentos, imaginar que tudo isso que temos vivido vem para agregar e somar e não para destruir e aniquilar. Está em nossas mãos sermos instrumentos dessas mudanças para um mundo melhor e mais justo, com menos iniquidades.


Nada é em vão! Esse novo “normal” em meio a tantas coisas nos ensina que, para evoluir, passos têm que ser dados (homeopaticamente), trilhados. Feliz daquele que tem essa consciência e não teme…


A decisão é nossa! Só nossa!

Maria do Carmo Braga do Amaral Tirado

Psicóloga Clínica e Obstétrica - CRP/SP 42.494

Parceira da Conquistah Consultoria Psicológica

www.conquistahconsultoriapsicologica.com.br CNPJ 36.586.648/0001-39 - CRP/SP 06/8377J




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