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O que você entende por Transtorno Opositor Desafiador - TOD

  • Gabriella Sperati
  • há 7 dias
  • 3 min de leitura

Por Eliana Aparecida Conquista

CRPSP 42.479

Diretora Executiva da ConQuistaH Consultoria Psicológica

Neste artigo, você saberá o que é o Transtorno Opositor Desafiador - TOD, quais são os sintomas, suas principais causas e estratégias eficazes para lidar com a condição. Se você é pai, mãe ou educador e convive com uma criança ou adolescente que apresenta desafios comportamentais frequentes, continue lendo.


No Brasil, a pesquisa sobre o Transtorno Opositor Desafiador (TOD) tem se intensificado, com foco em seus impactos no ambiente escolar, na família e no desenvolvimento infantil. Estudos buscam entender a relação entre o TOD e a disrupção comportamental (interrupção do curso natural do comportamento), a necessidade de intervenções específicas e o apoio que pais, educadores e profissionais de saúde mental podem oferecer.


Afinal, o que é o Transtorno Opositor Desafiador (TOD)?É um transtorno comportamental classificado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Manifesta-se por meio de um padrão persistente de comportamento negativista, hostil e desafiador, geralmente direcionado a figuras de autoridade.


Diferente de crianças sem o TOD, que ocasionalmente se recusam a obedecer, as com TOD apresentam comportamentos desafiadores de forma contínua e intensa. Isso pode gerar problemas no ambiente familiar, na escola e na convivência social.

Estudos indicam que o TOD afeta entre 2% e 16% das crianças e adolescentes, sendo mais comum em meninos.


Os sintomas a observar são:

  • Irritabilidade constante, com crises de raiva frequentes.

  • Recusa em obedecer a regras, mesmo quando são simples.

  • Discussões frequentes com adultos e colegas.

  • Comportamento provocador, tentando irritar outras pessoas.

  • Dificuldade em aceitar responsabilidades ou admitir erros.

  • Busca constante por conflitos, especialmente com figuras de autoridade.


Os sintomas podem variar de acordo com a idade e a gravidade do transtorno, abaixo descritos:


Leve: sintomas aparecem em apenas um ambiente (exemplo: casa, escola ou grupo de amigos).

Moderado: sintomas aparecem em dois ambientes (exemplo: casa e escola).

Grave: sintomas aparecem em três ou mais ambientes (exemplo: casa, escola e interações sociais).


Não existe uma única causa para o TOD, mas sim um conjunto de fatores que podem influenciar o desenvolvimento do transtorno. Entre os principais estão:


  • Fatores genéticos: Estudos indicam que crianças com histórico familiar de transtornos psiquiátricos (diversos) têm maior predisposição ao TOD.

  • Alterações neurobiológicas: Diferenças no funcionamento do cérebro, especialmente em áreas responsáveis pelo controle das emoções e do comportamento, podem estar associadas ao transtorno.

  • Ambiente familiar disfuncional: Crianças expostas a conflitos familiares frequentes, falta de limites ou modelos parentais inconsistentes podem desenvolver padrões comportamentais desafiadores.

  • Exposição ao estresse: Eventos traumáticos ou estressores crônicos, como negligência ou bullying, podem aumentar o risco do TOD.


O diagnóstico do TOD deve ser feito por uma equipe multidisciplinar que conta com psicólogo, neuropediatra e psiquiatra infantil que avaliarão a história clínica, observação do comportamento e entrevistas com familiares e professores, levando em consideração critérios específicos.


Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de um tratamento eficaz.

Depois do diagnóstico e do tratamento profissional, como devemos proceder em casa? Algumas ações diárias se fazem necessárias para ajudarmos na convivência com crianças e adolescentes com TOD:


  • Estabeleça regras claras e consistentes, evitando punições severas.

  • Use reforço positivo, incentivando bons comportamentos em vez de focar apenas nos negativos.

  • Mantenha uma comunicação assertiva e empática, ouvindo a criança sem julgamentos.

  • Evite discussões prolongadas, pois isso pode reforçar o comportamento desafiador.

  • Trabalhe o autocontrole e a regulação emocional, ensinando técnicas como a respiração profunda para lidar com a frustração.


Criar um ambiente seguro e estruturado ajuda a reduzir os episódios de confronto e favorece um desenvolvimento mais saudável.


Enfim, o Transtorno Opositor Desafiador (TOD) é uma condição que pode impactar significativamente a vida da criança e de sua família. No entanto, com um diagnóstico precoce e a aplicação das estratégias adequadas, é possível minimizar os desafios e melhorar a qualidade de vida dos envolvidos.


Portanto, se você suspeita que seu filho ou aluno apresenta sinais do TOD, busque a orientação de um profissional especializado. O suporte correto pode fazer toda a diferença na jornada para um comportamento mais equilibrado e saudável.


Fique atento(a). A decisão é nossa, só nossa!

 
 
 

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