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  • Gabriella Sperati

Natal – tempo de doação

Maria do Carmo Braga do Amaral Tirado

Psicóloga

CRP SP 06/42494

Parceira da Conquistah Consultoria Psicológica



Na manjedoura, sob a luz do Alto, nasceu há mais de 2020 anos, aquele que iria mudar a visão de mundo pelo sentimento do Amor.


É o Mestre querido – Caminho, Verdade e Vida - que vem nos guiar: Jesus, o doce Rabi da Galileia, que despertará em nós o que temos de melhor, se aceitarmos mudar.


Nem todos aceitarão o chamado, muitos até evitarão seu nome e debocharão daquilo que nos deixou como legado, como o Sermão do Monte ou suas parábolas. Tudo isso com simplicidade, humildade, deferência a Deus e tantos outros predicados.


Encontramos infindáveis chamamentos na linha evolutiva - a maioria voltada à parte material - que podem nos afastar do que realmente importa, que é de nos aprimorarmos, trabalharmos, estudarmos. Entretanto, temos que pensar em nós próprios e também no outro, seja ele um parente, colega de trabalho, vizinho, um pet ou até alguém lá distante que necessite de um pensamento positivo ou uma vibração amorosa.


Toda mudança tem um ônus, toda escalada começa por degraus iniciais, até chegar ao topo. Se observarmos uma pirâmide, ela passa por fases até alcançar o ápice.


Ninguém inicia a vida profissional como Presidente de Empresa, é necessário caminhar até chegar aonde se almeja e será preciso muita dedicação e afinco para ter o nome sob destaque.


A luta é diária e, via de regra, a subida acontece em doses homeopáticas; atitudes serão cobradas e, seja na vida profissional, familiar, pessoal, de relacionamentos, nada acontece por magia. Há esforço, boa vontade, desprendimento, aceitação, dentre outros fatores. Muitos atributos e diversos deveres, além de direitos adquiridos. Mas não adianta exigir direitos, sem lidar bem com as obrigações.


Tudo isso dentro de limites bem claros, que cada um identificará qual é. E como é difícil fazer essa delimitação! Ou extrapolamos e nos excedemos ou, ao contrário, nos depreciamos e deixamos no meio do caminho aquilo que realmente importa.


E o que importa? Somente aquilo que nos completa enquanto seres humanos, que nos liga às pessoas, aos momentos, que ajuda solucionar problemas, até porque eles sempre existirão! Sim, imaginem se não tivéssemos problemas, se a vida fosse absolutamente linear, como progrediríamos? Não há escalada evolutiva sob qualquer aspecto, se não houver determinação e a certeza de que o melhor caminho sempre será o do diálogo e do respeito.


Enquanto o ser humano, pelo orgulho e pela vaidade, não sair do egocentrismo, perdurará em erros, desacertos, guerras e mil melindres desnecessários. Está na hora de despertar para as máximas do Cristo e, talvez, agora perto das festividades natalinas, seja o melhor momento para refletir sobre e tomar atitudes para “como eu quero ser de agora em diante?”


Pensem um pouco em como foram desde a mais tenra idade até hoje e façam um prognóstico de como serão para o futuro, lembrando que, pelo natural da vida, os indivíduos estão envelhecendo mais e precisam, desde já, se preparar para o seu futuro. Além de aposentadorias, previdências privadas etc., há que se pensar em que pessoas querem se transformar e nem tanto no quanto ganharão até lá... Se pensarem só em números, talvez percam a esperança na vida e deixem de lado ideais que podem ser nobres.


Vi aqueles que, com pouco fazem muito e vários que, com muito, mais reclamam e criticam do que agem e, naturalmente, se tornarão idosos cuja convivência pode ser bastante delicada.


Não adianta passar os dias como se estivéssemos à beira da morte, mas também não devemos achar que seremos eternos jovens, com disposição e sem alguns incômodos e doenças.


Refletir com carinho sobre nós mesmos, nos torna indivíduos melhores, mais empáticos, desde que assumamos o risco de progredir com afeto e desenvoltura. Excessos de toda ordem, exigibilidades descabidas, rigidez indesejada, tiram a leveza e a alegria de poder evoluir com gratidão.


Somos centelhas divinas, temos uma sementinha boa a ser germinada, mas temos também um lado “sombra” a ser identificado e melhorado. Negar esse lado é como dizer a nós próprios que somos perfeitos e, infelizmente, estamos ainda bem longe da perfeição. Mas se quisermos, podemos e devemos galgar os caminhos com a noção clara de que é devagar que chegaremos ao ápice, e se acreditarmos no potencial e talento que há no nosso âmago, muitas trilhas de sucesso e felicidade poderão advir.


A exemplo de Jesus, que precisou sofrer aos nossos olhos para deixar um grande legado, não estaremos isentos de batalhas. Mas a forma como lutaremos para enfrentar o inimigo oculto que existe no nosso ser dependerá de cada um, uns acharão saídas, outros aceitarão aquilo que definitivamente não pode ser mudado, outros, ainda, enfrentarão o desequilíbrio e deixarão, provavelmente, muitas soluções passarem de forma desapercebida, entrando em quadros bastante complicados.


O Dailai Lama tem uma frase, a qual tomo a liberdade em descrever e que fala por si: “O que é meu inimigo? Eu mesmo. Minha ignorância, meu apego, meus ódios. Aí está meu inimigo...”


Portanto, a solução é nossa, a verdade é nossa, os princípios são nossos. Vale a pena tentar traçar uma reforma interior e, na intimidade, com certeza, nos sentiremos plenos em realizar muito por nós mesmos e pelo próximo. Talvez seja isso que devemos de fato comemorar no Natal: aquilo que nos foi passado e que temos que relembrar continuamente, não só em dezembro. O mundo nos espera...


Talvez seja essa a nossa maior doação.

A decisão é nossa... Só nossa!

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